Você já deve ter visto em alguma farmácia ou cartaz na rua alguma propaganda sobre um suplemento chamado ômega 3. Mas por que ele é tão falado e divulgado? Bem, hoje, em geral, as pessoas consomem uma quantidade de ômega 3 muito menor que a recomendação. Com isso, o comércio aproveita para lucrar.
Há diferentes tipos e marcas disponíveis em farmácias e lojas de suplementos, que podem, inclusive, ser comprados sem a prescrição de um profissional. Mas cuidado! Você pode estar colocando seu dinheiro fora ou sua saúde em risco, pelo uso incorreto.
Fato é que esse nutriente é extremamente importante e necessário para o nosso corpo. Nesse post, eu te explico melhor. Acompanhe!
O que é o ômega 3 e quais suas funções no organismo?
As gorduras poli-insaturadas são formadas por ácidos graxos essenciais e classificadas em dois grupos: ômegas 3 e 6. Os dois são essenciais para o funcionamento do nosso corpo. No entanto, algumas diferenças entre os dois fazem com que ajam de maneiras muito diferentes no nosso organismo.
O ômega 3 participa de diversas funções importantes do nosso organismo, como regulação do colesterol, combate a inflamações e, até mesmo, na prevenção e melhora do câncer. Dentro da classificação ômega 3, existem vários tipos de gorduras que variam conforme sua composição química. Os principais são o ácido eicosapentaenoico (EPA), ácido docosahexaenoico (DHA) e ácido alfa-linolênico (ALA).
Já o ômega 6 participa do crescimento celular. Por isso, é importante para o desenvolvimento do cérebro, músculos e pele. Porém, quando consumido em excesso, pode trazer sérias consequências à saúde, já que intensifica processos inflamatórios no organismo. Entre as consequências estão a hipertensão, doenças inflamatórias intestinais e aumento na produção de cortisol.
Consumo exagerado e desequilíbrio entre os tipos de ômega
Embora as duas gorduras sejam essenciais, já se sabe que o consumo exagerado de ômega 6 é um dos responsáveis pelo aumento dos casos de diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, obesidade e envelhecimento precoce.
As principais fontes de ômega 6 são os óleos vegetais. Dois exemplos são o óleo de milho e o óleo de soja, produtos que são muito consumidos por todos os brasileiros, direta ou indiretamente através da adição em produtos industrializados.
Além disso, hoje também temos um grande desequilíbrio entre o consumo de ômega 6 para ômega 3. Isso acontece devido às mudanças de hábitos alimentares que ocorreram ao longo dos séculos. Antes da industrialização, a proporção era cerca de 1:1. Hoje, está em torno de 20:1.
A Food and Agriculture Organization (FAO) estabelece uma recomendação de 5-10:1. Uma recomendação ainda que alta, quando comparada a alguns outros países. No fim das contas, o que precisamos é diminuir o consumo de ômega 6 e aumentar nossa ingestão de alimentos fonte de ômega 3.
Quais são os benefícios do ômega 3?
De fato, o consumo adequado de ômega 3 garante diversos benefícios ao organismo. Confira os principais:
- Reduz inflamações, como artrite reumatóide;
- Regula os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue;
- Melhora os sintomas de depressão, déficit de atenção e hiperatividade;
- Auxilia no funcionamento do cérebro;
- É usado como fonte de energia;
- Protege a retina, consequentemente a visão;
- Alguns estudos associam a suplementação com a melhora dos sintomas do Alzheimer;
- Estudos também mostram que o consumo auxilia no combate ao câncer.
Quais alimentos são fonte de ômega 3?
Nem sempre é preciso suplementar esse nutriente. Na natureza, existem alimentos ricos em ômega 3 que ajudam a garantir que tenhamos uma boa ingestão diária. São exemplos:
- Óleo de linhaça e chia;
- Peixes gordos, como atum, salmão e sardinha;
- Cereais e leguminosas, como o arroz, feijão, ervilha e soja;
- Nozes.
Mas claro, em alguns casos é preciso fazer a suplementação. Nesse caso, procure uma nutricionista para verificar a dose indicada para você, além de realizar os exames necessários e adequar sua dieta para obter todos os benefícios dessa gordura boa.
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